O homem que matou durante uma reportagem para a TV o criminoso que sequestrou e abusou sexualmente de seu filho: caso Gary Plauché

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Reprodução: Internet

Leon Gary Plauché nasceu em 10/11/1945, em Baton Rouge, capital da Louisiana (EUA). Após servir no exército estadunidense, trabalhou como vendedor de equipamentos e operador de câmeras para uma estação de TV da sua cidade natal.

Gary se casou com June, com quem teve quatro filhos. Os três meninos treinaram karatê com um instrutor local: Jeff Doucet. Joseph Boyce, mais conhecido como Jody, foi matriculado em 1983, quanto tinha 10 anos. Inicialmente, ele – e toda a comunidade – adorava o professor.

Para o jornal de sua escola, Jody descreveu Jeff como “nosso melhor amigo”, se referindo às outras crianças que treinavam com o carateca de 25 anos. Gradativamente, no entanto, o instrutor, que também era amigo da família Plauché, passou a assediar Jody.

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Em 2019, Jody explicou como passou a ser abusado: “Os pedófilos são muito bons no que fazem. Uma das coisas que eles farão com o assédio é testar os limites da criança”. Durante alongamentos, Jeff usaria a “mão boba” para justificar toques “acidentais” nas partes íntimas de Jody.

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Ao receber caronas, Jeff colocava a mão na coxa de Jody “sem perceber que ela estava lá”. Em pouco tempo, a criança passou a ser constantemente molestada. Em seu livro, “Why, Gary, Why?”, ele preferiu omitir vários detalhes para não dar ideias para futuros pedófilos.

Além disso, não quis ativar gatilhos de vítimas que passaram por situações semelhantes a dele. Por um ano, Jody foi sistematicamente abusado por Jeff, mas não contou para seus pais. Ele citou que, naquela idade, não tinha noção da gravidade da situação.

Ademais, ele sabia que seus pais se chateariam com a situação e que seu instrutor teria problemas. Jody não queria “chatear todos”. O ápice do abuso começou no dia 19 de fevereiro de 1984, quando Jeff foi à casa dos Plauché e pediu para dar uma volta de 15 minutos com Jody.

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June, que na época estava separada de Gary, confiava em Jeff e permitiu que levasse seu filho; mas, não foi uma simples volta na vizinhança. Horas depois, Jeff havia depilado a barba, pintado o cabelo (loiro) de Jody de preto e o levado numa viagem de ônibus para a Califórnia.

Reprodução: Redes Sociais

Chegando à cidade de Anaheim, Jeff se hospedou em um hotel com Jody, o apresentando como seu filho. Lá, ele estuprou a criança repetidamente. O abuso só parou quando permitiu que o menino ligasse para seus pais, uma semana após ter sido sequestrado.

Jody logo foi trazido para casa por policiais que o resgataram, e Jeff foi conduzido de volta a Baton Rouge, onde seria julgado por seus crimes. O caso foi amplamente divulgado. Gary foi entrevistado e informou que não sabia o que fazer. “Me sinto desamparado”, declarou.

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Contudo, um contato de uma rede de TV o informou o horário em que Jeff chegaria ao Aeroporto. Usando um boné e óculos escuros, Gary aguardou pelo algoz de seu filho. Quando o instrutor chegou, escoltado por policiais e filmado, Plauché puxou sua arma.

Reprodução: Redes Sociais

Em quase um instante, Gary Plauché atirou à queima-roupa contra a cabeça de Jeff Doucet. Após ficar em coma por um dia, ele faleceu. O atirador foi preso em flagrante. Gary foi indiciado por homicídio simples, mas aceitou um acordo e foi condenado por homicídio privilegiado.

A pena de Gary foi de 5 anos de liberdade condicional e centenas de horas de serviço comunitário. Inicialmente, Jody reprovou a reação do pai; contudo, com o passar dos anos, conseguiu o perdoar e reataram sua relação. Em 1993, ele escreveu um manuscrito contando sua história.

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Contudo, só o publicou em 2017, três anos após a morte de seu pai, depois de ser convencido por um amigo. “Why, Gary, Why?”, título que se refere ao questionamento de um policial enquanto prendia Gary, tem o intuito principal de aconselhar pais na proteção de crianças.

Jody recomenda que os pais se atentem a adultos que passam muito tempo com os filhos de outrem ou que prestem muita atenção em crianças e adolescentes. “Não é sobre o que eu ou o meu pai fizemos. É sobre educar e ajudar outras pessoas”, declarou.

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